COVID 19: Retorno das atividades presenciais sem baixar a guarda
Graças a ciência e a cientistas de diferentes partes do mundo que nunca se furtaram ao seu compromisso com a vida, foi possível retornar às atividades presenciais, após 2 anos do início da trágica crise sanitária, decorrente da pandemia da Covid-19, mas também do negacionismo que implicou negação ou minimização à gravidade da doença (“gripezinha”), boicote a medidas preventivas, incentivo a tratamentos terapêuticos sem validação científica e tentativa de descredibilizar e deslegitimar a vacina com defesa da eugenia, comprometendo a resposta à pandemia, e ameaçando as bases culturais e institucionais das democracias modernas. O negacionismo é articulado por pessoas que possuem meios sofisticados de produzir comunicação, para ocultar interesses político-ideológicos que têm origem nos debates do Holocausto, e de construir espaços seletivos, no qual pessoas são expostas à desinformação que se alastra, pelas mídias digitais, com consequências nefastas para a sociedade como um todo.
Segundo dados oficiais, a pandemia da Covid 19 já matou mais de 6 milhões no mundo e mais de 660 mil ocorreram, no Brasil. Mas conforme estudo em colaboração internacional de 97 cientistas, publicado na revista científica The Lancet, no dia 10 de março de 2022, a pandemia já matou mais de 18 milhões de pessoas no mundo, mais do que o triplo do que aponta os números oficiais. E de acordo com o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado em março de 2022, o Brasil teve 6,7% dos registros da doença no planeta, mas concentrou 11% das mortes, quatro vezes mais do que média mundial (“no mundo a mortalidade por milhão de habitantes foi de 720, no Brasil ela alcançou 2.932”).
Apesar de a maior parte ter tomado as 2 doses da vacina, não é ainda o momento de baixar a guarda.
Conforme a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), “quanto mais o vírus da COVID-19 circular, através da movimentação das pessoas, mais oportunidades terá de sofrer mutações. Portanto, a coisa mais importante que as pessoas podem fazer é reduzir o risco de exposição ao vírus e se vacinar contra a COVID-19 (com todas as doses necessárias, segundo o esquema de vacinação), continuar a usar máscaras, manter a higiene das mãos, deixar os ambientes bem ventilados sempre que possível, evitar aglomerações e reduzir ao máximo o contato próximo com muitas pessoas, principalmente em espaços fechados.” (grifos nossos).