Autoapresentação
Doutora (2003) e mestre (1999) em Linguística, pela Universidade de Campinas (Unicamp), onde realizei também Estágio de Pós-Doutorado (2007), começo esta autoapresenteação acadêmica e memorialística com uma definição que me precede e que me atravessa, mesmo antes de ouvi-la: “Não sou dos que plantam couves para comer pessoalmente amanhã. Prefiro plantar perobas que vão beneficiar as gerações futuras.” À Unicamp, instituição pública geradora de conhecimento científico e formadora de mão-de-obra graduada e pós-graduada, que se tornou “peroba” por ter sido erguida segundo o princípio de que universidade se faz primeiro com cérebros; segundo, com cérebros; terceiro, com cérebros; e depois com bibliotecas, laboratórios, equipamentos, edifícios; e aos professores pesquisadores (entre outros: Sírio Possenti – meu orientador e supervisor -, Mary Kato, Maria Luiza Braga, Tania Alkmim, Cecília Perroni, Ester Scarpa, Mónica Zoppi, Suzi Lagazzi, Eni Orlandi, Eduardo Guimarães, Maria Irma, Charlote Galves) do Instituto de Estudos da Linguagem, que, direta ou indiretamente, contribuíram para que eu pudesse concretizar sonhos importantes, sou grata pela minha formação pós-graduada, que se encaixa em um projeto de vida.
Iniciei minha carreira docente como professora do ensino básico (1980 a 1988), atuando como alfabetizadora em escolas públicas e minha carreira docente no ensino superior, em 1988, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde também me graduei em Letras (1985), na primeira turma do curso, que teve início no primeiro ano (1981) da implantação da Uesb. Nos primeiros semestres do curso, fiquei fascinada pelas disciplinas de Linguística, ministradas pela Profa. Zélia Chéquer, desejei me tornar uma Linguista e fazer parte do quadro docente da Uesb. Esse desejo me levou a seguir o caminho de luta para realização e concretização de sonhos e objetivos de vida. Após a conclusão da Graduação, fiz pós-graduação lato sensu em Linguística, em Belo Horizonte. Em 1988, ingressei, como professora especialista, por meio de concurso público, na Uesb. Atuando nos cursos de graduação e aguardando a oportunidade para pedir liberação para a formação pós-graduada stricto sensu (à época, não era fácil conseguir a liberação), fiz uma segunda pós-graduação lato sensu em Linguística, também em Belo Horizonte.
Entendendo, entretanto, que a pesquisa constitui com o ensino (graduação e pós-graduação) e a extensão o tripé indissociável de uma Universidade, iniciei a minha formação pós-graduada, em 1997, e concluir, em 2003. Ainda final do ano de 1997, com o objetivo de formamos um quadro de docentes pesquisadores para atender às demandas de criação de grupos de pesquisa, de fortalecimento da formação graduada e de criação, em 2010, na Uesb, de um Programa para a formação pós-graduada na área de Linguística, me reuni com colegas da área e planejamos: i) a qualificação pós-graduada dos professores na área de Linguística; ii) e a abertura dos próximos concursos com a exigência de formação pós-graduada em Linguística. O planejamento foi bem-sucedido e isto é contado na história do PPGLin. Mas antes de concretizarmos, totalmente, o planejamento da área de Linguística, fui convidada, em 2007, pela Profa. Lívia Diana Rocha Magalhães, para pensarmos, juntamente com outros colegas um Programa de formação pós-graduada na área Multidisciplinar. Dessa forma, acreditando que Programas de Pós-Graduação são fundamentais para que a Instituição possa cumprir seu papel social, intelectual, econômico e político, como formadora de mão-de-obra qualificada graduada e pós-graduada, articulada com a sociedade e alinhada ao desenvolvimento local, regional e nacional, co-elaborei as propostas dos cursos de mestrado (em 2007) e de doutorado (em 2011), do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (primeiro programa de pós-graduação da área de Humanidades e o quinto da Instituição) e as propostas dos cursos de mestrado (2010) e de doutorado (em 2018), do Programa de Pós-Graduação em Linguística (décimo primeiro programa da Instituição). Assim, além de atuar em cursos de Graduação, desde 1988, atuo, desde 2008, no quadro permanente de docentes pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (PPGMLS); e, desde 2011, do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGLin). Atuei na coordenação do PPGMLS, de 2008 a 2013, e, na vice coordenação do mesmo Programa, no período de 2013 a 2016. Atuei na coordenação do PPGLin, no período de 2017 a 2022.
Como pesquisadora, sou Bolsista Produtividade 2 do CNPq, co-coordeno o Grupo de Pesquisa em Análise de Discurso (GPADis/Uesb/CNPq) e o Grupo de Pesquisa em Estudos Linguísticos (GPEL/Uesb/CNPq). Coordeno o Laboratório de Pesquisa em Análise de Discurso (LAPADis), criado em 2003. Com experiência na área de Multidisciplinar de Memória e na área disciplinar e interdisciplinar da Linguística, com ênfase em Análise de Discurso, orientei alunos de Iniciação Científica, até o ano de 2019; orientei e oriento mestrandos e doutorandos que desenvolvem planos de pesquisas vinculados aos projetos temáticos, sob a minha coordenação no PPGLin e no PPGMLS, e que tratam do eixo vinculado a política (discurso, efeitos de memória, efeitos de verdade e efeitos de justiça em casos de ilícitos jurídicos, tais como corrupção, crime contra a administração pública e improbidade administrativa, crimes de responsabilidade, processo de impeachment, etc) ou do eixo vinculado a sexualidade e/ou a crimes contra a dignidade sexual (discurso, efeitos de memória, efeitos de verdade e efeitos de justiça em casos de crimes contra a dignidade sexual). Coorientei e cooriento mestrandos e doutorandos dos referidos Programas. Supervisionei e supervisiono pesquisadores em estágio de pós-doutoramento. Sou autora, coautora e coorganizadora de livros, capítulos de livros; autora e coautora de vários artigos publicados em revistas nacionais e internacionais; e coeditora do periódico Estudos da Língua(gem) e do periódico Sygnum. Além disso, atuo como parecerista ad hoc de vários periódicos nacionais e como consultora do CNPq, da Capes e de Fundações de Amparo à Pesquisa de vários Estados. Participei como membro da Câmara Básica de Assessoramento e Avaliação Linguagens e Artes da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado da Bahia (Fapesb), de 2009 a 2012, e atuei como coordenadora de 2011 e 2012 da referida Câmara e como membro da Câmara Superior de Assessoramento e Avaliação, no mesmo período. Em 2021, reingressei como membro da Câmara Básica de Assessoramento e Avaliação Linguagens e Artes da mesma Fundação.
Destaco que, por compreendermos que a mobilidade docente e discente é fundamental para a formação pós-graduada e para a inserção dos Programas de Pós-Graduação em nível nacional e internacional; e que a atuação em rede, por meio da cooperação acadêmica, fortalece os grupos de pesquisa e as linhas de pesquisa: i) elaborei e co-coordenei o convênio de cooperação acadêmica nacional, denominado CAPES – PROCAD-NF 2008 com o Programa de Pós-Graduação em Linguística da Unicamp; ii) e co-elaborei e co-coordenei o convênio de cooperação acadêmica internacional, denominado “Cooperação Acadêmica entre Ecoles Doctorales Europe Latine-America a Université Sorbonne Nouvelle Paris III, o Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade e o Programa de Pós-Graduação em Linguística”. Além desses convênios, fiz parte da equipe do projeto de cooperação internacional: UNL CAPES – CAFP – BA 2013 – Convênio de Cooperação Acadêmica entre o Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, e o Programa de Pós-Graduação em Didactica de las Ciencias Experimentales, da Universidad Nacional del Litoral da Argentina. E faço parte da equipe do projeto de cooperação internacional, denominado Cooperação Acadêmica entre o Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, o Centro Interdisciplinario de Investigacions Feministas e de Estudos de Xenero (Cifex), o Programa de Postgrado em Estudios Culturales: Memoria, Identidad y Lenguaje e o Programa de Postgrado en Educacion, Xenero e Igualdad, da Universidad de Santiago de Compostela, Espanha,
Ressalto, ainda, que, por entendermos que implantação, melhoria e modernização de infraestrutura (física, equipamentos, etc) são fundamentais para o desenvolvimento técnico-científico e inovação, além de captar recursos, por meio de projetos de pesquisa (aprovados e financiados pelo CNPq e pela Fapesb): i) elaborei e coordenei o projeto “Infraestrutura Multiusuária de Pesquisa para o Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade – (INFRAPPGMLS)” (aprovado e financiado pela Fapesb); ii) elaborei o projeto “Melhoria de Infraestrutura para Fortalecimento do Programa de Pós-Graduação em Linguística” (aprovado e financiado pela Fapesb); iii) elaborei os subprojetos institucionais: Pró-Equipamentos de Laboratórios de Pesquisa Vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (PROLAB I– PPGMLS), Pró-Equipamentos de Laboratórios de Pesquisa Vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (PROLAB II– PPGMLS), Pró-Equipamentos de Laboratórios de Pesquisa Vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade (PROLAB III– PPGMLS), e Pró-Equipamentos de Laboratórios de Pesquisa Vinculados ao Programa de Pós-Graduação em ao PPGLin (PROLAB I – PPGLin) (todos aprovados e financiados pela FINEP); iv) co-elaborei o projeto de infraestrutura “Centro de Pesquisa em Linguística” (financiado com recursos de emenda parlamentar); v) elaborei e coordenei os subprojetos institucionais “Centro Multidisciplinar de Pesquisa e Documentação em Memória” e “Implantação do Centro de Pesquisa em Humanidades I” (aprovados e financiados pela FINEP).
Isto posto, não poderia deixar de dizer que sou uma daquelas pessoas que sucumbiram em consequência do desmonte das instituições públicas de pesquisa, ensino e extensão do país, da negação da ciência e do desprezo pelo conhecimento científico e pelos direitos humanos; e da crise de administração econômica e de gestão da vida, cujos efeitos para a educação, a saúde, a economia, o meio ambiente, o bem estar social etc. se mostram devastadores a curto, médio e longo prazo para o país, que, infelizmente, não tem um projeto de nação desenvolvida, soberana e justa.
Sou uma pessoa que sucumbiu, também, ao se dar conta que está em curso o desmonte gradual do PPGMLS e do PPGLin (e de outros Programas da Instituição), já que concursos para as vagas reais, decorrentes de aposentadoria, de morte ou de exoneração de docentes pesquisadores – doutores com liderança em pesquisa e que articulam o tripé pesquisa, ensino (graduação e pós-graduação) e extensão de forma equilibrada – que atuam nesses Programas, além de atuarem na graduação, não poderão ser abertos com a exigência de título de doutor, pois as vagas da classe de adjunto foram destinadas à progressão na carreira. De forma constrangedora, a solicitação de concurso pelos departamentos, para reposição de docentes doutores, só poderá ser feita para a classe Auxiliar, cuja exigência é o diploma da graduação. Sairá um doutor (com experiência em formação graduada e pós-graduada) e entrará, em seu lugar, um graduado ou especialista. Mesmo quando a Instituição já forma mão de obra-qualificada pós-graduada, pretende abrir vaga para mão de obra qualificada graduada. E ainda que um doutor concorra à vaga, continuará especialista até cumprir o estágio probatório e até surgir vaga para progressão na carreira. Além disso, a abertura de concurso não pode ser com regime de dedicação exclusiva. Todas as circunstâncias apontam para a descontinuidade da Pós-Graduação, pela qual tanto lutamos. Exigir, hoje, apenas o título de graduação na investidura da carreira de magistério superior é dizer à sociedade, como um todo, que a pesquisa e a pós-graduação não são importantes para o desenvolvimento local, regional e nacional. É dizer, por tabela, que a pesquisa, nas universidades públicas, que hoje corresponde a 95% da pesquisa no país, não tem importância para a sociedade. É negar a ciência e a produção do conhecimento científico e tecnológico. É não ter projeto de universidade, sustentada no princípio da indissociabilidade que une pesquisa, ensino e extensão, como previsto no Art. 207 da Constituição Federal, e nem visão de país desenvolvido.
Foi, pois, nesses tristes contextos, que, como uma fênix, morri, entrei no processo solitário de combustão e virei pó. É desse pó que tento, com muita dificuldade, renascer, teimando em acreditar que: i) as gerações futuras, o futuro de um país, de uma nação e do planeta dependem do que podemos plantar na construção de universidades; ii) os Programas de Pós-Graduação são fundamentais para que a Instituição possa cumprir seu papel social, intelectual, econômico e político, como formadora de mão-de-obra qualificada graduada e pós-graduada; iii) o tamanho de uma universidade se define pelo tamanho de sua força científica e tecnológica e pelo tamanho de sua força na intervenção sobre problemas educacionais, sociais, econômicos, políticos, socioambientais e culturais etc. no desenvolvimento da sociedade.
Por fim, é desse pó que tento me levantar para, por meio desta autoapresentação, agradecer:
– a Uesb, instituição pública, pela minha formação graduada, por ter me liberado, sem perda de renda, para que eu pudesse realizar a minha formação pós-graduada, e por ser, há 32 anos, fonte de renda do meu pão de cada dia;
– a todos os colegas (professores e técnicos) da Instituição que me acolheram e me aceitaram na minha jornada;
– a todos os colegas, e de modo especial, aos da área de Linguística que estiveram desde o início nessa jornada e aos que chegaram depois para fortalecer a equipe que se tornou grande e tornou possível o PPGLin;
– a todos os colegas que fizeram e fazem parte da equipe que tornou possível o PPGMLS;
– a todos os colegas de outras Instituições, pelas parcerias e colaboração;
– a todos os egressos e ingressos cuja formação graduada e/ou pós-graduada colaborei e/ou continuo, ainda, a colaborar.
Self-Introduction
Doctor (2003) and Master (1999) in Linguistics, from the University of Campinas (Unicamp), where I also performed a Post-Doctoral Internship (2007), I begin this academic self-introduction and memorial with a definition that precedes and crosses me, even before I heard it: “I’m not one of those people who plant cabbages to eat them myself tomorrow. I prefer to plant Peroba trees that will benefit the future generations.” To Unicamp, public institution that generates scientific knowledge and a trainer of qualified labor and which has become “Peroba” for following the principle that universities are built firstly with brains; secondly with brains; thirdly, with brains; and then with libraries, laboratories, equipment, buildings; and to the research professors (between others: Sírio Possenti – my advisor and supervisor – Mary Kato, Maria Luiza Braga, Tania Alkmim, Cecília Perroni, Ester Scarpa, Mónica Zoppi, Suzi Lagazzi, Eni Orlandi, Eduardo Guimarães, Maria Irma, Charlote Galves) at the Institute for Language Studies, who, directly or indirectly, contributed to my making important dreams come true, I am grateful for my postgraduate training, which suits a life project, the synthesis of which I present below.
I started my teaching career as a primary school teacher (1980 to 1988), working as a literacy teacher in public schools. My teaching career in Higher Education began in 1988, at the Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), where I also graduated in Language (1985), as member of the first class of the University (1981), the year of its implementation. From the beginning of the course, I got fascinated by the subject of Linguistics, taught by Professor Zélia Chéquer, and wished to pursue the academic career as a Linguist, what turned to be a dream and life goal. After completing my undergraduation, I enrolled at a lato sensu post-graduation in Linguistics, in Belo Horizonte and in 1988, I was selected, in a Civil Servant Exam, as specialist teacher at UESB. While working in undergraduate courses and waiting for na academic leave that would allow me to continue my postgraduate training (at the time, it was not easy to obtain such release), I took a second specialization course in Linguistics, also in Belo Horizonte.
Understanding, however, that research constitutes with teaching (undergraduate and graduate) and extension the inseparable tripod of a University, I started my postgraduate training in 1997 and conclude in 2003. At the end of the same year, with the objective of forming a team of research professors to meet the demands of creation of research groups, to strengthen undergraduate training and to create, in 2010, at Uesb, a Program for postgraduate training in the area of Linguistics, I met with professors in the area and we planned: i) the postgraduate qualification of teachers in the area of Linguistics; ii) and the opening of teacher´s selection with postgraduate training in Linguistics. Planning process was successful and this is told in the story of PPGLin, but before fully implementing it in the Linguistics area, I was invited by Prof. Dr. Lívia Diana Rocha Magalhães, to think, together with other colleagues, of a postgraduate training program in the Multidisciplinary area. In this way, believing that Postgraduate Programs are essential for the Institution to fulfill its social, intellectual, economic and political role, as a trainer of qualified graduate and postgraduate workforce, articulated with society and aligned with the local, regional and national development, I co-elaborated the proposals for the master’s (in 2007) and doctoral (in 2011) courses, for the Postgraduate Program in Memory: Language and Society (first postgraduate program in the area of Humanities and the fifth of the Institution) and the proposals for the master’s (2010) and doctoral courses (in 2018), of the Postgraduate Program in Linguistics (the eleventh program of the Institution). In addition to working, since 1988, in undergraduate courses, since 2008, I have been working on the permanent staff of research professors of the Graduate Program in Memory: Language and Society (PPGMLS); and, since 2011, the Graduate Program in Linguistics (PPGLin). I worked as coordinator of PPGMLS, from 2008 to 2013, and, as vice-coordinator of the same Program, from 2013 to 2016. I worked as coordinator of PPGLin, from 2017 to 2022.
As a researcher, I am a CNPq Productivity 2 Scholar. I work as co-leader of the Research Group on Discourse Analysis (Uesb/CNPq) and of the Research Group on Linguistic Studies (Uesb/CNPq). I coordinate the Discourse Analysis Research Laboratory. With experience in the Multidisciplinary area of Memory and in the disciplinary and interdisciplinary area of Linguistics, with an emphasis on Discourse Analysis, I supervised Scientific Initiation students until 2019; I have supervised masters and doctoral students who develop research plans linked to thematic projects, under my coordination at PPGLin and PPGMLS, and which deal with the axis linked to politics (discourse, effects of memory, effects of truth and effects of justice in cases of legal offenses, such as corruption, crimes against public administration and administrative improbity, crimes of accountability, impeachment proceedings, etc.) or the axis linked to sexuality and/or crimes against sexual dignity (speech, memory effects, truth effects and justice in cases of crimes against sexual dignity). I supervised and co-supervised masters and doctoral students of these programs and, currently, I supervise researchers in postdoctoral internships. I am the author, co-author and co-organizer of books, book chapters; author and co-author of several articles published in national and international journals; and editor of the journal Estudos da Língua(gem) and the journal Sygnum. In addition, I work as an ad hoc reviewer for several national journals and as a consultant for CNPq, Capes and Research Support Foundations in several states. I participated as a member of the Basic Chamber of Advisory and Assessment Languages and Arts of the Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), from 2009 to 2012, and acted as coordinator from 2011 to 2012 of the aforementioned Chamber and as a member of the Superior Chamber of Advice and Evaluation, in the same period. In 2021, I rejoined as a member of the Basic Board of Advisory and Assessment Languages and Arts of the same Foundation.
I emphasize that, as I understand that faculty and student mobility is essential for postgraduate training and for the insertion of Postgraduate Programs at national and international levels; and that networking, through academic cooperation, strengthens research groups and lines of research: i) I prepared and co-coordinated the national academic cooperation agreement, called CAPES – PROCAD-NF 2008 with the Postgraduate Program -Graduate in Linguistics from Unicamp; ii) and I co-designed and co-coordinated the international academic cooperation agreement called “Academic Cooperation between Ecoles Doctorales Europe Latin America and Université Sorbonne Nouvelle Paris III, the Postgraduate Program in Memory: Language and Society and the Postgraduate Program in Linguistics”. In addition to these agreements, I was part of the team of the international cooperation project: UNL CAPES – CAFP – BA 2013 – Academic Cooperation Agreement between the Graduate Program in Memory: Language and Society, from the State University of Southwest Bahia, and the Postgraduate Program in Didactics of Experimental Sciences, Universidad Nacional del Litoral of Argentina. And I am part of the team of the international cooperation project, called Academic Cooperation between the Postgraduate Program in Memory: Language and Society, the Interdisciplinary Center for Feminist Investigations and Xenero Studies (Cifex), the Postgraduate Program in Cultural Studies: Memoria, Identidad y Lenguaje and the Postgraduate Program in Education, Xenero and Igualdad, from the Universidad de Santiago de Compostela, Spain.
I also emphasize that, as I understand that the implementation, improvement and modernization of infrastructure (physics, equipment, etc.) are fundamental for the technical-scientific development and innovation I designed and coordinated fundraising projects as i) “Multi-user Research Infrastructure for the Graduate Program in Memory: Language and Society – (INFRAPPGMLS)” (approved and financed by Fapesb); ii) developed the project “Improvement of Infrastructure to Strengthen the Postgraduate Program in Linguistics” (approved and financed by Fapesb); iii) elaborated the institutional subprojects: Pro-Equipment for Research Laboratories Linked to the Graduate Program in Memory: Language and Society (PROLAB I – PPGMLS), Pro-Equipment for Research Laboratories Linked to the Graduate Program in Memory : Language and Society (PROLAB II – PPGMLS), Pro-Equipment of Research Laboratories Linked to the Postgraduate Program in Memory: Language and Society (PROLAB III – PPGMLS), and Pro-Equipment of Research Laboratories Linked to the Program of Postgraduate in PPGLin (PROLAB I – PPGLin) (all approved and financed by FINEP); iv) I co-elaborated the infrastructural project “Center for Research in Linguistics” (financed with parliamentary amendment resources); v) I designed and coordinated the institutional subprojects “Multidisciplinary Center for Research and Documentation in Memory” and “Implantation of the Center for Research in Humanities I” (approved and financed by FINEP).
That said, I couldn’t help but say that, I am one of those people who succumbed as a result of the dismantling of public research, teaching and extension institutions in the country, the denial of science and the contempt for scientific knowledge and human rights; and the crisis of economic administration and life management, whose effects on education, health, economy, environment, social well-being, etc. are devastating in the short, medium and long term for the country, which, unfortunately, does not have a project for a developed, sovereign and fair nation.
I am a person who also succumbed when I realized that the gradual dismantling of PPGMLS and PPGLin (and other Institutional Programs) is in progress, since selection for real vacancies, resulting from retirement, death or exoneration of full Professors – PhDs with leadership in research and who articulate the tripod research, teaching (undergraduate and graduate) and extension in a balanced way – who work in these Programs, in addition to working at the undergraduate level, cannot be opened with the requirement of a doctorate title, as the vacancies in the associate rank have been assigned to career progression. Embarrassingly, the request for an open selection by the departments, for the replacement of PhD professors, can only be made for the Auxiliary rank, whose requirement is just the graduation diploma. A doctor will leave (with experience in undergraduate and postgraduate training) and a graduate or specialist will enter in his place. Even when the Institution already trains post-graduated skilled labor, it intends to open a vacancy for graduate skilled labor. And even if a doctor applies for the vacancy, he will remain as specialist until he completes the probationary stage and until a vacancy for progression arises in the career. In addition, the opening of a selection cannot be on an exclusive dedication basis.
All circumstances point to the discontinuity of Graduate Studies, for which we have fought so hard. To demand, today, only the graduation title in the investiture of the higher teaching career is to say to society, as a whole, that research and graduate studies are not important for local, regional and national development. It is to say, by table, that research, in public universities, which today corresponds to 95% of research in the country, is not important to society. It is to deny science and the production of scientific and technological knowledge. It means not having a university project, based on the principle of inseparability that unites research, teaching and extension, as provided for in Art. 207 of the Federal Constitution, nor a developed project for the country.
It was, therefore, in these sad contexts that, like a phoenix, I died, entered the solitary process of combustion and turned to dust. It is from this dust that I try, with great difficulty, to reborn, insisting on believing that: i) future generations, the future of a country, a nation and the planet depend on what we can plant in the construction of universities; ii) the Graduate Programs are essential for the Institution to fulfill its social, intellectual, economic and political role, as a trainer of qualified graduate and postgraduate labor; iii) the dimension of a university is defined by the size of its scientific and technological strength and by the size of its strength in intervening on educational, social, economic, political, socio-environmental and cultural problems, etc. for the development of society.
Lastly, it is from this dust that I try to get up to, through this self-introduction, thank you:
– Uesb, a public institution, for my undergraduate training, for having freed me, without loss of income, so that I could carry out my postgraduate training, and for being, for 32 years, a source of income for my daily bread day;
– to all the colleagues (teachers and technicians) of the Institution who welcomed me and accepted me on my journey;
– to all the colleagues especially in in the Linguistics area who have been on this journey since the beginning and to those who arrived later to strengthen the team that became great and made PPGLin possible
– to all colleagues who made and make the team that made PPGMLS possible;
– to all colleagues from other Institutions, for their partnerships and collaboration;
– to all graduates and graduates whose undergraduate and/or postgraduate training I collaborated with and/or continue to collaborate with.